“O Coleprecor é fonte inesgotável de troca de experiências. Os presidentes e corregedores são valorosos conselheiros: eles nos aconselham e são aconselhados”, enfatizou o presidente da entidade, desembargador Marcello Maciel Mancilha (presidente do TRT-17/ES), nesta segunda-feira, dia 28/11, ao dar início à 9ª e última Reunião Ordinária do Colégio de Presidentes e Corregedores dos Tribunais Regionais do Trabalho (Coleprecor) de 2022, que ocorre em Foz do Iguaçu (PR). Mancilha também agradeceu à presidente do TRT-9 (PR), desembargadora Ana Carolina Zaina, pela excepcional acolhida, e externou solidariedade às famílias das vítimas de um atirador na cidade capixaba de Aracruz, no dia 25.
Futura presidente do Coleprecor e anfitriã do encontro, a desembargadora Ana Carolina compôs a mesa de trabalhos ao lado da corregedora do TRT da 15ª Região (Campinas) e atual vice-presidente do Coleprecor, desembargadora Ana Paula Pellegrina Lockmann, e do presidente do TRT da 18ª Região (TRT-GO) e atual secretário-geral da entidade, desembargador Daniel Viana Júnior. “Que os acontecimentos não retirem de nós a esperança e não façam arrefecer o espírito de vitória, nome da cidade-sede do TRT do Espírito Santo, e que possamos trabalhar pela retomada de uma perspectiva de esperança e de realização de um mundo melhor”, afirmou Ana Carolina. A presidente do TRT paranaense reforçou ainda que Foz do Iguaçu, a cidade das três fronteiras, expressa o sentimento do Coleprecor, que é de harmonia e integração.
A 9ª Reunião Ordinária vai até esta terça, 29. No primeiro dia, o debate envolveu temas relacionados à residência jurídica nos tribunais, teletrabalho e execuções coletivas. Ainda durante a abertura, presidentes e corregedores eleitos no segundo semestre em seus respectivos Regionais se apresentaram. Alguns já tomaram posse e outros serão empossados em dezembro.
Reuniões paralelas
Os diretores-gerais, os secretários de Tecnologia da Informação e Comunicações (Setic) e das Corregedorias Regionais (Secor) e os secretários-gerais judiciários dos tribunais trabalhistas também estão reunidos em Foz do Iguaçu. Nesta manhã, os diretores gerais debateram propostas de aperfeiçoamento dos canais de comunicação com o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), além de premissas para a efetivação da execução orçamentária deste exercício. A comissão dos gestores da Setic debateu a atualização da migração do PJe (Processo Judicial Eletrônico) para o conceito de nuvem digital, aproveitando a experiência do TRT do Espírito Santo. Superadas as questões técnicas, financeiras e de licenciamentos de software, resta somente, para a migração, concluir a avaliação funcional dos sistemas.
Na comissão das Secor, as discussões se deram em torno de ações como o Projeto Garimpo, que usa a tecnologia para identificar saldos de depósitos judiciais em processos já arquivados. A finalidade é destinar os valores aos respectivos credores. Outro tema debatido pelas corregedorias foi a melhor forma de monitoramento e suporte às Varas do Trabalho, em especial àquelas que enfrentam dificuldades com redução do quadro de servidores. A segurança digital de alvarás judiciais foi o assunto da comissão que reuniu as Secretarias-Gerais Judiciárias.
Colaboração: Assessoria de Comunicação do TRT-9 (PR)
Fotos: Jason Silva (TRT-9/PR)

Edmilson Chagas, que é servidor de carreira do MPU, explicou sobre a possibilidade de migração do atual regime de aposentadoria (regra da média ou integralidade) para o novo regime (regra do benefício limitado ao valor do teto do Regime Geral de Previdência Social – RGPS). “É importante olhar para a alternativa da migração, não só pela questão financeira, mas especialmente para um planejamento de longo prazo. O grande desafio é que o que chamamos hoje de paridade e integralidade, ou seja, a regra de reajuste, não é mais aquilo que nós tínhamos no passado”.
O ministro Luis Salomão apresentou também um breve balanço das iniciativas adotadas pela Corregedoria Nacional de Justiça. “Temos inúmeros desafios e estabelecemos prioridades, verificando questões disciplinares, processos sensíveis que aguardavam solução e operações que envolvem a esfera judicial e correicional”. Ele considerou o momento atual, às vésperas da eleição presidencial, o mais relevante da história para o Judiciário desde o advento da Emenda Constitucional 45. “Tivemos que adotar algumas medidas de reforço e alinhamento para preservação da atuação do Tribunal Superior Eleitoral ”.
Foto: Fellipe Sampaio (TST)
Ao iniciar os trabalhos, o presidente do Coleprecor e do TRT-17 (ES), desembargador Marcello Maciel Mancilha, parabenizou os novos dirigentes do órgão superior e pontuou o papel da entidade como ponte para o diálogo e debate de temas relevantes relacionados à Justiça do Trabalho. Complementaram a mesa alta a vice-presidente do Coleprecor, desembargadora Ana Paula Pellegrina Lockmann (corregedora regional do TRT-15/ Campinas), e o secretário-geral, desembargador Daniel Viana Júnior (presidente do TRT-18/ GO).
O ministro Lelio Bentes citou as tratativas para realização do Concurso Nacional da Magistratura, que teve adesão dos 24 TRTs, e anunciou a intensificação de iniciativas para garantir mais eficiência energética da Justiça do Trabalho, como aproveitamento da energia solar, captação de águas pluviais para suprir as necessidades diárias nos vários prédios. “Nosso orçamento permitirá avanços significativos nessa área”, afirmou.
A ministra anunciou a criação de um comitê nacional para analisar a ferramenta de gestão das varas, chamada de Índice Nacional de Gestão de Desempenho da Justiça do Trabalho (Igest), visando ao aperfeiçoamento e lançamento de uma versão para o 2º grau de jurisdição. Dora Maria da Costa também elencou como meta de sua gestão o retorno às audiências e sessões presenciais, em alinhamento ao que preconiza o Conselho Nacional de Justiça.
O secretário-geral do CSJT, juiz Bráulio Gabriel Gusmão, também participou da reunião do Coleprecor. “Pretendemos trabalhar com base em duas premissas, transparência total e uma construção participativa. Gostaríamos de contar com a contribuição dos tribunais em nossas ações e projetos”, salientou. Ele destacou cinco pontos que serão objeto de atenção especial do Conselho para os próximos meses: construção de um programa de eficiência orçamentária, necessária à sustentabilidade da JT; programa de eficiência energética para as instalações, inspirado em boas práticas dos tribunais; alinhamento da política tecnológica da JT ao Programa Justiça 4.0 do CNJ; implantação e eventual aprimoramento da Resolução nº 296/2021 que trata da padronização da organização das pessoas e distribuição da força de trabalho; e implantação de um itinerário formativo sobre tecnologia e liderança digital para magistradas e servidoras.
fotos: Bárbara Soares Cabral (TST)
Foto: Bárbara Soares Cabral (TST)
O pleito foi coordenado pelo atual presidente do Coleprecor e presidente do TRT-17 (ES), desembargador Marcello Maciel Mancilha, com participação da vice-presidente, a corregedora regional do TRT-15 (Campinas/SP), desembargadora Ana Paula Pellegrina Lockmann, e do secretário-geral, o presidente do TRT-18 (GO), desembargador Daniel Viana Júnior. “Agradecemos aos membros do Coleprecor que se candidataram aos cargos diretivos. Dirigir a entidade é uma tarefa árdua, mas muito gratificante. Parabenizo os eleitos”, assinalou o presidente Marcello Mancilha.
A desembargadora Ana Carolina Zaina agradeceu aos pares pela oportunidade de servir ao Colégio. “Prosseguirei com lealdade e firmeza, zelando pelo pleno cumprimento da missão institucional do Coleprecor, que é a interação de todos os tribunais regionais do trabalho do nosso país e de interlocução clara e transparente com todos os poderes constituídos em suas instâncias administrativas e judiciárias, de modo a lutar pelo engrandecimento da nossa Justiça do Trabalho”, asseverou. Para a presidente eleita da entidade, essa missão pressupõe a valorização de todos os integrantes da magistratura. O desembargador Gerson de Oliveira Costa Filho agradeceu aos colegas e contou um pouco de sua experiência como magistrado na coordenação do Colégio de Ouvidores. O desembargador Fernando Rios Neto também agradeceu aos pares pela confiança.