A 6ª Reunião Ordinária do Colégio de Presidentes e Corregedores dos Tribunais Regionais do Trabalho (Coleprecor) realizada ao longo desta terça-feira, 16/8, contou com a participação da secretária-geral do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), Carolina da Silva Ferreira, na abertura dos trabalhos. O encontro, em formato híbrido, ocorreu no auditório Ministro Walmir Oliveira da Costa, na sede do TST em Brasília.
Ao dar boas-vindas aos membros da entidade, o presidente do Coleprecor, desembargador Marcello Maciel Mancilha, presidente do TRT-17 (ES), reforçou a importância dos encontros mensais dos dirigentes dos tribunais trabalhistas que proporcionam uma “rica troca de experiências, informações e integração”. Compuseram também a mesa a vice-presidente e o secretário-geral do Coleprecor, respectivamente, os desembargadores Ana Paula Pellegrina Lockmann (corregedora regional do TRT-15) e Daniel Viana Júnior (presidente do TRT-18).

Desembargadora Ana Paula Lockmann, vice-presidente do Coleprecor
Desembargador Daniel Viana, secretário-geral da entidade
A secretária-geral do CSJT abordou as perspectivas orçamentárias, em especial o Anexo V da Lei Orçamentária Anual, e traçou um panorama para o provimento de cargos previsto para este ano. Carolina Ferreira anunciou a aprovação da proposta orçamentária para 2023 pelo Órgão Especial em sessão realizada no dia 8 de agosto e destacou o bom gerenciamento e destinação de recursos. “Somos o segmento da Justiça com o orçamento bem manejado graças ao esforço que os tribunais empreenderam desde 2016”. A servidora apresentou ainda um resumo das despesas e o detalhamento da proposta orçamentária bem como a evolução registrada de 2022 para 2023, enfatizando que a estimativa está vinculada à inflação e correção monetária.
Concurso Nacional para Magistratura
O juiz Rogério Neiva Pinheiro, do TRT-10 (DF/TO) e auxiliar da Presidência do CSJT, esclareceu as tratativas para a realização do Concurso Nacional para Magistratura, que foi transferida para o Conselho, a partir da publicação de resolução administrativa. Como primeira ação, o órgão promoveu uma organização normativa, buscando definir qual o modelo de concurso que deveria ser observado. “A Presidência do CSJT elaborou uma primeira minuta, que faz menção às normas e diretrizes do Conselho Nacional de Justiça sobre o concurso da magistratura”, explicou.
O estudo estabeleceu os possíveis modelos: o nacional e o híbrido (concurso nacional delegado). “Nesse último modelo, o CSJT poderia delegar a um TRT a execução e ao final, este entregaria a lista ao Conselho com o concurso homologado, que prosseguiria para os atos decorrentes”. De acordo com o juiz Rogério Neiva, o presidente do TST e do CSJT, ministro Emmanoel Pereira, decidiu antecipar o processo por meio de ato que será submetido ao plenário em sessão da próxima semana, de modo a viabilizar a realização do concurso. Há uma expectativa de que o ato seja ratificado e para isso, são necessários sete votos.
Anamatra
O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), juiz Luiz Antonio Colussi, acompanhado das juízas Luciana Paula Conforti e Viviane Maria Leite de Faria, respectivamente, vice-presidente e secretária-geral, relatou aos membros do Coleprecor as iniciativas adotadas pela instituição na busca de soluções para questões de interesse comum.
Implantado durante gestão da desembargadora Maria de Lourdes na presidência do órgão, o programa está em consonância com a Lei 10.097/2000 que regulamenta o processo de aprendizagem de jovens. O tribunal conta atualmente com 10 aprendizes que atuam nas áreas administrativas e de informática. Para seleção, o TRT-12 priorizou jovens em vulnerabilidade social tendo como regra o enquadramento na faixa etária de 14 a 24 anos incompletos e matrícula no ensino fundamental e médio.
Para Claudia Espinola, “o programa contribui para erradicação do trabalho infantil e para um futuro melhor de adolescentes e jovens do nosso país, criando possibilidades concretas de formação profissional num ambiente de trabalho seguro, facilitando o ingresso no mundo do trabalho por meio da aprendizagem, desafiando a pobreza e a desigualdade social.”
Ao longo do dia, foram apresentados pelas corregedorias regionais os projetos Painel Luz, Halo e Hermes (TRT da 16ª Região), Veritas (TRT da 12ª Região), WikiVT (TRT da 15ª Região) e Execução Paradigma (TRT da 3ª Região). A Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho também detalhou práticas bem-sucedidas adotadas como Provimento Movimentação dos Juízes Substitutos, LAB-JT (Wallace), Provimento Execução Concentrada, Projeto Garimpo e Projeto Equalização. A CGJT esmiuçou ainda sua atuação na
Para o ministro Emmanoel Pereira, o diálogo entre as unidades jurisdicionais de variadas localidades se faz especialmente relevante em um país de dimensões continentais como o Brasil para o bom funcionamento do Judiciário. “A maior interação entre os órgãos do Judiciário Trabalhista e o compartilhamento de experiências constituem mecanismos indispensáveis para o desenvolvimento do nosso segmento de Justiça”, disse.
De acordo com o ministro corregedor, Caputo Bastos, o fórum teve como objetivo “criar um ambiente em que corregedores regionais se reúnam para debater questões específicas e próprias das corregedorias regionais”. Além disso, fomentar a multiplicação de boas práticas e projetos adotados, hoje, de forma regionalizada.
Após a palestra, o presidente do Coleprecor e do TRT-17 (ES), desembargador Marcello Maciel Mancilha, registrou seu agradecimento ao presidente do TRT-4 (RS), desembargador Francisco Rossal de Araújo, à direção do Tribunal e a todos os servidores que auxiliaram no evento. “Nos sentimos muito prestigiados, em casa. Este foi um marco muito importante, uma nova forma de nos reunirmos, que renderá muitos estudos”.
